Professora da Atitus apresenta estudo sobre autocicatrização do concreto em simpósio nacional
Publicado em 28/05/2025
Escrito por: Eduarda Ricci Perin
Francieli Tiecher representou a instituição no Iº Simpósio Brasileiro de Autocicatrização do Concreto com pesquisa vinculada à vertical Cidades Inteligentes e Sustentáveis da Escola Politécnica
A durabilidade das edificações é um dos pilares para a construção de cidades verdadeiramente sustentáveis. Em um cenário em que não há mais espaço para o desperdício e reparos prematuros causados por falhas técnicas ou escolhas inadequadas de materiais, a busca por soluções inovadoras tem se intensificado — especialmente quando se trata do concreto, principal material estrutural utilizado mundialmente e que, não raro, apresenta manifestações patológicas, como fissuras, com alto custo de manutenção.
Foi com esse olhar, voltado à inovação e à sustentabilidade, que a professora Dra. Francieli Tiecher, da Escola Politécnica da Atitus Educação, participou do Iº Simpósio Brasileiro de Autocicatrização do Concreto (SIBRACIC), realizado nos dias 22 e 23 de maio. O evento reuniu grandes nomes da pesquisa nacional e internacional, como os PhDs Liberato Ferrara, da Università Politecnico di Milano (Itália), e Paulo Monteiro, da University of Berkeley (EUA), e destacou os avanços mais promissores na área da durabilidade e regeneração de concretos.
Durante o simpósio, Francieli apresentou o estudo "Cinza de casca de arroz – avaliação do potencial de autocicatrização do concreto através da resistência à compressão", desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGArq) da Atitus. A pesquisa está vinculada à vertical Cidades Inteligentes e Sustentáveis da Escola Politécnica da Atitus e explora o uso da cinza de casca de arroz — resíduo agroindustrial abundante no Rio Grande do Sul — como adição em concretos estruturais, visando sua capacidade de autocicatrização.
Segundo a pesquisadora, a casca do arroz é amplamente utilizada como combustível em indústrias alimentícias, mas a cinza resultante dessa queima, em muitos casos, é descartada de forma inadequada, gerando impactos ambientais. “Ao incorporarmos essa cinza ao concreto, conseguimos não apenas valorizar um resíduo local, mas também melhorar as propriedades do material, especialmente no que diz respeito à sua capacidade de colmatar fissuras, o que contribui significativamente para a vida útil das estruturas”, afirma Francieli.
O estudo alia ganhos ambientais e técnicos, promovendo o uso responsável de resíduos e o aumento da durabilidade das construções — um passo importante para que as cidades avancem rumo à sustentabilidade real. “A autocicatrização do concreto é um campo em ascensão e essencial para reduzirmos custos com manutenção e prolongarmos a vida útil de obras civis. É uma honra poder contribuir com esse debate ao lado de referências mundiais”, destacou a professora.
A participação da Atitus no SIBRACIC reforça o compromisso da instituição com a pesquisa aplicada, a inovação tecnológica e a formação de soluções conectadas com os desafios contemporâneos da engenharia e da sustentabilidade urbana.