Programa global busca ampliar a presença de mulheres na ciência, na tecnologia e na produção científica

A professora e pesquisadora Leilane Grubba, coordenadora do Centro de Conhecimento da Escola de Direito da Atitus Educação, foi uma das participantes das discussões mais recentes do Women in Science, programa promovido pela Unesco - agência da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada ao desenvolvimento da ciência, educação e cultura em nível global.

Realizados presencialmente em Paris e transmitidos online para integrar mais de 150 pesquisadoras e outras lideranças, os últimos debates ocorreram em 14 de maio. Novas discussões ocorrem nesta segunda-feira (19) e no próximo dia 28.

Lançado em 2024, o Women in Science é uma resposta à sub-representação feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (que formam a sigla STEM, em inglês), à dificuldade de acesso a bolsas e financiamentos e à baixa visibilidade da produção de pesquisadoras mulheres.

Leilane Grubba, da Atitus (E, acima), em um dos debates online com representantes de todo o mundo sobre incentivo a mulheres na ciência

O ponto de partida foi em 11 de fevereiro, quando a Unesco e a ONU Mulheres instituíram o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência e lançaram um chamado global à ação para transformar esse cenário e promover maior equidade de gênero nas áreas científicas.

O programa se estrutura em três pilares principais: o primeiro busca dar visibilidade a modelos femininos e combater estereótipos; o segundo é voltado ao desenvolvimento de soluções educacionais inovadoras; e o terceiro discute a implementação de políticas de inclusão, diversidade e equidade nos ambientes de trabalho.

Leilane já participou de outros dois encontros do programa ao longo de 2024 contribuindo para os debates sobre representatividade e construção de espaços mais inclusivos. Ela destaca que os diálogos promovidos pelo programa vão além da troca de experiências e têm potencial transformador dentro das instituições:

“Esses diálogos também inspiram para que a gente possa pensar melhor as ações de inclusão nos nossos ambientes de trabalho, fomentando o exercício da voz de cada mulher, para que pertençam e encontrem um espaço de equidade”, afirma.

A participação da coordenadora reforça o compromisso da Atitus com a equidade de gênero e o incentivo à produção científica liderada por mulheres.

A Unesco estima que, apesar dos avanços, as mulheres ocupam apenas cerca de um terço dos cargos em STEM em nível mundial, sendo apenas 22% dos postos de trabalho científicos. O lema do movimento em 2025 — Her Voice in Science — reforça a urgência de ouvir, reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres na construção do conhecimento.

Encontros promovidos pela Unesco desde 2024 conectam mais de 150 pesquisadoras espalhadas pelo mundo