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Odontologia: o que faz do Brasil uma referência mundial?

Publicado em 24/09/2022

Escrito por: Comunicação Atitus

Conheça os motivos que fazem com que o país seja reconhecido como referência no ensino, pesquisa e produção de produtos odontológicos

O Brasil é o país com mais cirurgiões dentistas no mundo. Dados publicados pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) apontam que, em 2010, 19% dos dentistas do mundo eram brasileiros, cerca 219.575 profissionais. Em 11 anos, este número cresceu 51%. Hoje são mais de 330 mil dentistas formados no país, além de quase 210 mil auxiliares e técnicos de prótese dentária e saúde bucal, de acordo com dados de agosto de 2021 da CFO.

A quantidade de profissionais é apenas um dos indicadores que representam o protagonismo brasileiro na área. O ensino de Odontologia no Brasil está entre os melhores do mundo e as universidades no topo dos rankings de avaliação.

Com ensino de qualidade e um número expressivo de profissionais formados na área, a indústria brasileira atua para produzir materiais que atendam a demanda e o fluxo de trabalho dos dentistas, técnicos e auxiliares odontológicos.

O resultado é uma parceria entre ensino, profissionais e indústria. Esse tripé representa a fórmula de sucesso da Odontologia brasileira para Regiane Marton, cirurgiã dentista, farmacêutica, diretora da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) e presidente da Kulzer Brasil, uma das maiores empresas odontológicas do mundo.

“Ao longo dos últimos anos a indústria brasileira de Odontologia tem investido e atuado para atender o complexo e completo fluxo de trabalho dos profissionais, com qualidade e funcionalidade. A atuação clínica, assim como os trabalhos dos técnicos, são os pilares de uma boa saúde bucal, altamente impactados pela disponibilidade dos produtos, serviços e tecnologias”, comenta.

Segundo Regiane, o investimento da indústria em pesquisa, desenvolvimento, inovação e tecnologia proporciona um fluxo de trabalho com produtos mais eficientes, de maior durabilidade, funcionalidade e estética. “Equipamentos digitais, impressão 3D e tecnologias avançadas de tratamento odontológico são realidade nos consultórios e laboratórios de prótese, trazendo agilidade e qualidade nas entregas de saúde bucal”, aponta.

Além do âmbito do tratamento clínico, a diretora da ABIMO enfatiza que as exigências regulatórias para dispositivos odontológicos também trazem a implantação de processos de produção e sistemas de qualidade robustos e extremamente exigentes para as indústrias.

Uma das maiores propulsoras da indústria odontológica é a pesquisa científica. Nos últimos anos, o Brasil também ganhou notoriedade neste cenário, de acordo com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odonto da Atitus, professor Rafael Onofre. Segundo ele, o Brasil é o segundo país com o maior número de artigos publicados na área entre 1996 e 2020, ficando apenas atrás dos Estados Unidos.

“Esse avanço pode estar relacionado a grande expansão do sistema de pós-graduação do país, com atualmente quase 100 programas de mestrado na área, em conjunto com um forte papel e empenho das agências de fomento, que resultaram na internacionalização da pesquisa brasileira”, analisa.

Por outro lado, quando observamos métricas relacionadas à qualidade e impacto das pesquisas científicas na área, o professor Rafael Onofre ressalta que ainda há espaço para evoluir. “O Brasil ainda apresenta um número pequeno de patentes na área de Odontologia, o que demonstra a necessidade de uma maior aproximação entre a academia e a indústria”, pondera.

Neste contexto, os grandes desafios para a pesquisa odontológica nos próximos anos, segundo o professor, é o foco na qualidade ao invés da quantidade, na aproximação com a sociedade, resultando em pesquisas mais relevantes e divulgadas à comunidade, e na aproximação entre a indústria e academia, favorecendo o desenvolvimento econômico do país.

O protagonismo brasileiro na Odontologia também atrai investimentos de fora. A empresa argentina MABB Biomaterial, líder no desenvolvimento de implantes dentários em zircônia, viu no Brasil uma oportunidade de expansão.

Ao participar de eventos mundiais de Odontologia, Daniel Miguez, co-fundador e presidente da MABB, conheceu o professor e coordenador dos programas de Pós-Graduação em Odontologia e Educação Continuada da Atitus, Rodrigo Beltrão, e o network entre eles permitiu a construção de um negócio: “Pela visão compartilhada e desejo de construir uma melhor saúde bucal para as pessoas no Brasil e no mundo, criamos um modelo de negócio de triplo impacto, denominado Z7, que se encarrega de receber o insumo estratégico que o MABB produz e, após o processo de certificação médica da ANVISA no Brasil, embalá-lo em laboratório certificado e distribui-lo para todo o país, de forma a gerar grande impacto econômico, social e ambiental, com o uso materiais e tecnologias que não geram poluentes para o corpo humano ou para o planeta”, conta Miguez.

Para o professor Rodrigo Beltrão, a parceria com a empresa argentina representa o reconhecimento do Brasil como referência no setor da Odontologia. “Ao investir aqui, a MABB Biomaterial reconheceu o potencial brasileiro, principalmente na inovação odontológica e na pesquisa”.

O argentino Daniel Miguez confirma: “A Odontologia brasileira é considerada a número 1 do mundo, o epicentro da saúde global e estética oral. É uma sociedade que se preocupa muito com a saúde bucal, e faz isso com sensibilidade social, fazendo com que seja melhor para todos. Um exemplo para toda a humanidade”.

Com desafios traçados, as tendências da Odontologia nos permitem dizer que o país permanecerá entre os maiores e melhores do mundo no setor. A cirurgiã dentista e farmacêutica, Regiane Marton, aponta que a agilidade e os processos facilitados do tratamento odontológico, de forma integrada entre laboratórios e consultórios, representam os próximos passos da Odontologia no Brasil, assim como equipamentos que promovam a digitalização de etapas e produtos com alta eficiência e durabilidade.

“A impressão 3D já é uma realidade na Odontologia, além de biomateriais em fases avançadas de pesquisa e desenvolvimento. Os canais de distribuição estão mais diversificados através de plataformas digitais de compras, onde além de produtos e serviços, é possível adquirir conhecimento e informações sobre o que há de mais moderno e eficiente a serviço de uma Odontologia de excelência”, finaliza a presidente da Kulzer Brasil, otimista com o futuro da Odontologia brasileira.

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