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Neurocirurgia: uma experiência de paixão e propósito na Alemanha

Publicado em 03/01/2023

Escrito por: Eduarda Ricci Perin

“A neurocirurgia alemã é tão tecnológica e, ao mesmo tempo, tão humana”. É assim que o estudante de Medicina da Atitus, Augusto Müller Fiedler, de 26 anos, se refere à especialidade médica que vivenciou durante uma imersão na cidade de Tübingen, na Alemanha.

Natural de Caxias do Sul, Augusto decidiu cursar Medicina quando entendeu que a paixão da sua vida era explorar e entender as nuances do cérebro e do comportamento humano. “Ao entrar no ensino superior, o objetivo de me tornar um médico parecia tão intangível que sequer o considerei como possibilidade. Me voltei inicialmente à engenharia elétrica, mas logo percebi que me interessava por outra circuitária: a cerebral”, conta.

Em junho de 2020, no auge da pandemia e lidando com um luto familiar, Augusto encontrou, por acaso, uma revista sobre a Neurocirurgia Brasileira com relatos pessoais dos mais influentes neurocirurgiões do país. “Ao percorrê-la, fui inundado por uma inesperada sensação de plenitude em que percebi ter encontrado meu chamado. Naquele exato instante, eu soube em que direção eu deveria me concentrar”, relata.

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O acadêmico do internato médico também sempre teve a ambição de ir para a Alemanha, mas nunca soube exatamente o porquê.

Unindo a paixão pela Neurocirurgia e a admiração pelo país, Augusto decidiu buscar um estágio na Universidade Eberhard-Karls de Tübingen, que está entre as cinco melhores instituições de ensino para cursos de Ciências da Natureza da Alemanha.

No final de 2020, já com carta-convite em mãos para iniciar o estágio na cidade alemã, ele ainda tinha inúmeras incertezas devido à pandemia. “Felizmente o cenário mudou em agosto de 2021, quando a Alemanha (bem como outros países europeus) abriu sua fronteira para os vacinados e que pude, daí em diante, focar, paralelo ao estudo do internato médico, em uma única meta: aprender a língua alemã”, conta.

Em dezembro de 2021, finalmente, Augusto viu seu sonho se tornar realidade ao iniciar o estágio.

Na Alemanha, a rotina do acadêmico começava cedo, sem hora para terminar. Iniciava com as visitas aos pacientes internados no pré ou pós operatório, e seguia com uma conferência onde médicos discutiam todos os casos que seriam operados no dia. No decorrer das horas, Augusto acompanhava as cirurgias e as consultas ambulatoriais.

Na cidade alemã, o estudante teve contato com residentes e neurocirurgiões experientes e acompanhou o dia a dia nos ambulatórios e nas salas de cirurgia, que abrangiam subespecialidades como epilepsia, metástases cerebrais, neuroncologia, neurocirurgia de base de crânio, hidrocefalia e neurocirurgia pediátrica.

“Todos os dias eram realizadas cirurgias das mais variadas subespecialidades da neurocirurgia, desde a vascular, para o tratamento de aneurismas, por exemplo, até a de múltiplas metástases em pacientes com neurofibromatose. Eram mais de dez salas exclusivas para essa especialidade”, conta.

É claro que o aprendizado da língua alemã não ficou de fora da experiência. “A grande maioria dos pacientes falava alemão, mas existiam pacientes de outras nacionalidades, alguns italianos, outros falavam português, alguns pacientes falavam russo e, para atender tais pacientes, o Departamento abrigava um time internacional de médicos", destaca.”, destaca.

As experiências que Augusto viveu na Alemanha aconteceram, em sua maioria, dentro da estrutura da Universidade, que é referência no país. Por lá, também conheceu seu preceptor, o neurocirurgião Dr. Marcos Tatagiba, que nasceu no Brasil e foi naturalizado alemão, referência mundial na subespecialidade neurocirurgia de base de crânio e diretor-chefe do serviço, entre outros profissionais que são destaques internacionais na área.

Quase um ano após o retorno, o estudante ainda não consegue mensurar a transformação pessoal e profissional que adquiriu durante a viagem: “A experiência como estagiário do Departamento de Neurocirurgia e Neurotecnologias da Universidade Eberhard-Karls de Tübingen representa uma transformação ativa [...]. E talvez leve anos para completá-la”.

Além da experiência profissional, foram dois meses de imersão na cultura alemã. “Dois meses de desafio em ‘n’ aspectos [...] nada se iguala à habilidade de podermos nos expressar com precisão, de entendermos e de nos fazermos entender. Ao viver uma cultura a partir do seu idioma, abre-se a compreensão para um novo mundo que permite ver através de um espectro inédito, não melhor, nem pior, simplesmente diferente”.

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