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Como os espaços de prática estão moldando os médicos do futuro

Publicado em 24/09/2022

Escrito por: Comunicação Atitus

Ao mesmo tempo em que se tornam cada vez mais tecnológicos, ambientes de prática buscam assegurar a humanização, a interação multidisciplinar e a vivência no real contexto da profissão

Todo o estudante de Medicina, certamente, já imaginou como seria a chegada ao internato. O estágio curricular do curso é dividido em uma série de ciclos, que aproximam ainda mais o estudante da rotina médica e proporcionam uma verdadeira imersão na realidade da profissão.

Porém, vale lembrar que não é somente a partir do internato que se faz um bom médico. Antes dessa etapa, há um caminho intenso de estudos e práticas, que ajudam a proporcionar a bagagem necessária para interagir com as equipes multidisciplinares dentro das instituições de saúde e contribuir para a saúde e evolução do paciente.

De laboratórios interativos a simuladores hiper-realísticos, cada vez mais, instituições de ensino buscam conectar tecnologia, campo de prática e recursos humanos altamente qualificados para proporcionar aos novos médicos uma preparação integral e diferenciada, voltada aos desafios da sociedade e do futuro da saúde.

INTERNATO MÉDICO: ONDE TEORIA, PRÁTICA E PESQUISA SE ENCONTRAM

O internato médico, ou estágio curricular, é realizado nos últimos dois anos do curso de Medicina. Nesta fase, as aulas teóricas ficam em segundo plano. Sob supervisão docente, o acadêmico recebe treinamento intenso e vivencia a profissão a fundo, incluindo o atendimento a pacientes. Na prática, é um período de transição entre a condição de estudante e a de médico.

“Os alunos participam das equipes que trabalham ativamente no hospital, ajudando no tratamento dos pacientes e no dia a dia, representando o que ele fará depois de formado. Isso acontece dentro de um ambiente com capacitação, com tutoria e preceptoria, com o professor dando toda a instrução”, explica o cirurgião do aparelho digestivo e coordenador do curso de Medicina da Atitus, Lucas Duda Schmitz.

No internato, que acontece nos últimos dois anos da faculdade de Medicina, do 9º ao 12º semestre, os alunos passam por diversos ciclos, podendo vivenciar desde as rotinas de emergência, saúde mental, medicina da família e gestão hospitalar, até especialidades como neurocirurgia, cirurgia do tórax e cirurgia abdominal.

“As práticas acadêmicas são essenciais na formação médica. Sem as instituições de saúde possibilitando os estágios, não conseguiríamos transformar o conhecimento teórico em prático. Os alunos interagem com a comunidade em todos os processos na formação, contribuindo no atendimento e acolhimento dos pacientes”, compreende o estudante Vítor Boniatti Neves, 24 anos, que cursa o 11° semestre.

Para quem busca ampliar os horizontes, há ainda a possibilidade de a instituição de ensino contar com hospitais de apoio e conveniados, que complementam as experiências práticas. Por lei, o estudante de Medicina pode realizar 25% do curso, ou seja, um semestre, fora do hospital de referência para o seu curso, o que amplia a visão do aluno sobre a profissão.

Nesta fase, o internato na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é uma das opções apresentadas aos alunos da Atitus. O complexo, formado por nove hospitais destinados à prestação de serviços assistenciais, realiza, a cada ano, uma média de 6 milhões de atendimentos. Lá, é possível vivenciar a prática em alta complexidade, nas mais diversas especialidades médicas, e de forma integrada aos 64 programas de residência médica, em parceria com a UFCSPA.

“A experiência prática na Santa Casa de Porto Alegre prepara o futuro médico para atuação em diferentes campos de atuação, seja nos grandes centros de saúde, como no interior, promovendo a integração entre formação e serviço, baseado nas necessidades do sistema público e privado de saúde regional”, acredita a coordenadora de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Porto Alegre, Roberta Almeida.

ELEMENTOS-CHAVE PARA A PRÁTICA MÉDICA

Para proporcionar a melhor jornada de aprendizagem aos acadêmicos e qualificar a formação médica, alguns elementos são essenciais. O primeiro deles são os recursos humanos. Um ambiente de prática que possibilite a interação multidisciplinar, com especialidades que se complementam - como fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, etc -, favorece não só o desenvolvimento do aluno, mas o desempenho ao lidar com o paciente.

Além disso, é importante lembrar que, no internato, dois tipos de profissionais atuam junto aos doutorandos: os preceptores (profissionais que trabalham no hospital, não têm vínculo com a instituição de ensino, mas que acompanham os alunos no momento da prática) e os professores, estes sim com vínculo maior em relação à faculdade. No dia a dia, são papéis que se complementam, para oferecer ao aluno o melhor auxílio possível no campo de prática.

Possibilitar a proximidade e a interação com tecnologias e equipamentos, seja voltados ao diagnóstico ou ao tratamento terapêutico, é outro fator fundamental no campo de prática, uma vez que reflete na qualidade e na capacidade de atendimento aos pacientes.

Um exemplo é o Hospital de Clínicas de Passo Fundo. Fundada em 1914, em meio à epidemia de gripe espanhola, a mais antiga instituição médico-hospitalar do município vem passando por um processo de modernização. E somente no último ano, aumentou seu corpo clínico e ampliou a capacidade de atendimento, que abrange, atualmente, mais de 30 especialidades médicas em média e alta complexidade.

Para a estudante de Medicina Laura Casali Sperotto, 25 anos, que cursa o 9º semestre, essa atuação conjunta entre hospitais e instituições de ensino é de grande contribuição para o desenvolvimento dos profissionais, tanto para os que já trabalham no hospital quanto para os que estão em formação.

“Pesquisas, aulas, ligas acadêmicas e eventos realizados através da parceria entre hospital e ensino mantêm alunos, professores e preceptores atualizados, humanizados e comprometidos. Isso, definitivamente, reflete na qualidade do atendimento aos pacientes da comunidade”, avalia Laura.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Na era da instantaneidade, onde o conhecimento científico pode ser acessado nas telas dos celulares, as escolas médicas estão mais focadas na resolução de uma questão específica: como ser médico, o que significa buscar a melhor forma de aplicar o conhecimento científico em benefício de outro ser humano. É o que acredita Juarez Dal Vesco, diretor técnico do Hospital de Clínicas, recentemente reconhecido como um dos 100 melhores do Brasil, segundo a revista norte-americana Newsweek.

Uma missão que, na análise dele, depende de dois elementos. O primeiro, teórico-reflexivo, representa a questão ética; enquanto o segundo, uma tarefa mais árdua, que é a atuação prática daqueles que estão em formação. “Essa etapa vai ocorrer no ambiente da assistência, onde o ensino, a assistência e a pesquisa andam juntas. Essa vivência com professores no ambiente da assistência é embutida de uma responsabilidade enorme. É esse o fator mais importante e marcante na formação dos jovens médicos”, pontua.

Laura ingressou no internato em fevereiro e já passou pelos vivenciou áreas como saúde da família e saúde mental e, agora, está na rotação da emergência. “Poder aplicar os conhecimentos dos quatro anos anteriores todos os dias na prática é muito gratificante, sem contar a curva de aprendizado que é gigantesca a cada rotação.”

Para ela, um desafio dessa etapa é conciliar uma rotina intensa de estudos com as práticas e, mesmo que, por vezes, se torne cansativo, ela ainda considera gratificante. Nessa fase, o acadêmico tem a oportunidade de acompanhar um grande número de casos clínicos e realizar ou auxiliar em procedimentos. “Através do Hospital de Clínicas, Hospital Bezerra de Menezes, UBSs e ambulatório Atitus, conseguimos ter contato com inúmeros pacientes e concretizar o aprendizado.”

Passando por diversas áreas e níveis de assistência, o estudante de Medicina também vivencia momentos de alegrias e tristezas. “Há nascimentos, boas evoluções, porém também há más notícias e prognósticos reservados que não esperamos que aconteçam, mas inerentes à profissão. Entretanto, com desafios e oportunidades assim, conseguimos melhorar nossas habilidades médicas e humanas para não somente tratar as doenças, mas também cuidar, apoiar e ter empatia com os pacientes e familiares que estão juntos no processo de adoecimento”, acrescenta Vítor.

Ele ingressou no internato em fevereiro de 2020, pouco antes da Covid-19 chegar ao Rio Grande do Sul. “Assim, por inúmeras vezes, presenciamos cenas de despedida entre os pacientes que recebiam o diagnóstico de Covid-19 e seus familiares antes de irem para as áreas de isolamento e às tantas incertezas que esta doença traz que marcará nossa formação. Cada desafio é uma oportunidade de aprender junto com a equipe que estamos passando.”

#FICAADICA

Para quem está se preparando para o internato, é essencial aproveitar o máximo possível as disciplinas-base. Ter uma boa formação teórica, obtida durante os primeiros anos da graduação, torna o internato mais produtivo. Isso porque nessa fase o aluno passa a moldar o conhecimento adquirido, enquanto desenvolve a prática de lidar com o paciente em situações reais.

Confira, a seguir, dicas de quem está vivendo essa fase de aprendizado.

“Seja curioso, não importa em que área estiver passando, mesmo não sendo uma área que tenha afinidade, aproveite o estágio ao máximo. Cada área possui suas particularidades que irão somar na formação. Seja pró-ativo, ajude a equipe, esteja lá para somar e contribuir com o local de estágio. Saber trabalhar em equipe é fundamental em nossa profissão. Respeitar e cooperar com a equipe multidisciplinar torna a assistência médica mais completa e o maior beneficiado sempre será o paciente.” Vítor Boniatti Neves

“Se dedique ao máximo e dê importância a todas as rotações, mesmo aquelas que não simpatizamos muito, acredito que todas as etapas são importantes e só assim teremos uma formação completa.” Laura Casali Sperotto

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