Atitus Meeting destaca aprendizados da missão internacional em saúde e inovação nos EUA
Publicado em 07/06/2025
Escrito por: Eduarda Ricci Perin
Evento reuniu lideranças da saúde, da educação e do setor empresarial para compartilhar experiências vividas no Future Health Experience, promovido pela Atitus Educação
Com o objetivo de compartilhar os principais aprendizados da missão internacional Future Health Experience (FHx), promovida pela Atitus Educação nos Estados Unidos, o Atitus Meeting reuniu profissionais e lideranças do setor da saúde, educação e inovação para uma reflexão coletiva sobre o futuro da área no Brasil.
O encontro, realizado em formato de reunião-almoço no Campus Santa Teresinha, em Passo Fundo, contou com painel mediado pelo presidente da Atitus, Eduardo Capellari, e teve a participação de Caroline Calice, diretora da Escola de Saúde; Márcia Capellari, presidente executiva do Instituto Aliança Empresarial; Marcelo Borghetti, diretor executivo do Hospital Cristo Redentor, em Marau; e Rafael Onofre, coordenador do Mestrado e Doutorado em Odontologia da Atitus.
Durante a missão, os participantes visitaram centros de excelência como MIT, Harvard e Pennovation Works. Ao longo do painel, os convidados reforçaram a potência da jornada internacional e os impactos que ela pode gerar na transformação do ecossistema de saúde no Brasil.
O presidente da Atitus Educação, Eduardo Capellari, abriu o evento contextualizando os objetivos da Missão e os ecossistemas de inovação visitados nos Estados Unidos. Em sua fala, ressaltou os aprendizados adquiridos e o potencial de transformação ao trazer essas referências para o Brasil. “O que mais impressiona é a forma como os americanos estruturam seus sistemas de pesquisa e incentivam o surgimento de novas empresas a partir de conexões entre universidades, hospitais e fundos de investimento. Ao compartilhar esse conhecimento e fomentar essas conexões aqui no Rio Grande do Sul, podemos impulsionar um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social para o nosso Estado”, destacou.
“Lá, vimos como a tradição e a inovação podem andar juntas. As instituições têm papéis bem definidos, métodos e etapas claras para tirar uma ideia do papel, e estão abertas à colaboração”, destacou Caroline Calice. “Foi muito enriquecedor observar como o conhecimento circula: ele agrega valor à formação, à profissão e à sociedade.”
Para Márcia Capellari, uma das lições mais marcantes foi a clareza de identidade das instituições americanas. “Você visita e imediatamente entende a vocação do MIT, a vocação de Harvard. Eles sabem quem são. E isso fortalece o convite constante à colaboração: o ‘vamos trabalhar juntos’ é real”, afirmou. “E tem mais: se você não está usando a inteligência artificial para melhorar a capacidade humana todos os dias, você já está obsoleto. Eles trabalham com a inteligência técnica, emocional e artificial integradas.”
A cultura da experimentação também foi destacada. “Errar rápido e aprender com isso é parte do processo. No Brasil, ainda temos a tendência de punir o erro. Lá, eles planejam menos e executam mais, e isso acelera os ciclos de inovação”, completou Márcia.
Marcelo Borghetti ressaltou o valor de experiências como essa para quem está em posição de liderança. “A missão foi brilhante. Você aprende em cada parada. E o mais importante: entende que lideranças precisam ver o mundo, precisam entender o que pode ser aplicado aqui. Se der certo, ótimo. Se não, tudo bem. O importante é construir juntos uma sociedade mais próspera”, disse.
Rafael Onofre reforçou o impacto de visitar centros que desenvolveram tecnologias presentes no cotidiano, como o Kindle. “O mais impressionante foi perceber a interdisciplinaridade dos laboratórios. Há uma comunidade de conhecimento ativa em todos os lugares. As pessoas não trabalham de forma isolada, há um trânsito constante entre as áreas”, observou. “E tudo isso se conecta: quando você tem uma ideia, já sabe como colocá-la em contato com empresas, investidores e centros de pesquisa. Não há pontas soltas - o processo é claro, e por isso a prosperidade é uma consequência.”
Mais do que uma troca de experiências, o Atitus Meeting representou o fortalecimento de uma rede comprometida com a inovação, com o futuro da saúde e com a construção de um ecossistema baseado em colaboração, conhecimento e ação.